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15 de setembro de 2016

perdida e salva

Ultimamente eu tô - muito - assim:

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Aqui dentro tá parecendo uma panela de feijão fervendo,  prestes a explodir. São várias coisas que estão acontecendo na minha vida e dentro de mim, e até que eu tô conseguindo lidar com tudo; mas sinto que não estou sendo verdadeira comigo mesma.

Sabe, conviver com pessoas, viver em sociedade é muito complicado, não sei se também é pra vocês, mas pra mim é uma luta todo dia. Quando eu era criança, até o comecinho da adolescência, eu era muito imperativa, não conseguia ficar parada. Sempre tava arrumando alguma pra fazer, pra brincar ou pra aprontar... resumindo quem eu era basicamente em uma só palavra, uma PESTE!!! Aí, quando botei os meu pézinhos na adolescência tudo mudou. Minha vida mudou, por causa de idas, que não vem ao caso, mas acabei tendo que assumir responsabilidades na idade que eu apenas deveria ser mais uma adolescente. Acabei virando filha exemplar, a aluna exemplar... tudo exemplar. Por fora tudo tava às mil maravilhas, mas por dentro não. 

Me lembro, que principalmente do início da adolescência pra cá, sempre tentei agradar as pessoas. Passar a imagem de uma menina sem maldade, sempre engraçada e tolerante com todos. Acho que pelo fato de eu ser GORDA! Sim, sou gorda. Não gordinha, talvez eu até hoje eu deixe me chamarem de gordinha - também pra evitar discussões - porque é isso que as pessoas fazem para tentar achar um meio termo para a palavra GORDA, para tentar ser "menos ofensivo", mas fazendo isso só estão sendo idiotas. Talvez algumas mulheres gordas se sentem melhor, sendo chamadas de "gordinhas", não julgo isso, somos irmãs e sempre vou respeitar a escolha de vocês. Mas, falando sobre mim, sempre me sentir assim. Sou GORDA e vou tentar passar a imagem de aceitar tudo e todos, ser sempre engraçada e sociável, para poder ter amigos ou entrar em algum grupo. E adivinhem a conclusão de tudo isso? Nunca fui eu mesma. Passei a adolescência toda, e e até hoje ainda existem reflexos disso em mim, não sendo eu.
                 
                                     
Sempre tive dificuldade em demonstrar o que sou. Sempre tive medo da reação das pessoas, do que elas irão pensar, e de assim decepciona-las. E de tanto pensar nos outros, eu acabei esquecendo de mim e vivendo em função sempre dos outros. Sempre quando penso isso, sento uma angústia tão grande. Dez quando eu comecei a trabalhar no começo deste ano, vi isso muito em mim. Eu sabia que eu fazia isso na época da escola, mas vi eu também fazia isso agora no meu emprego. Vi que as angústias, medos, inseguranças e o pior, a opinião dos outros ainda afetava a minha vida. É muito difícil pra mim ter que assumir isso pra mim mesma, mas isso ainda acontecia. Até que dez de quando eu terminei a escola, coloquei na cabeça que não viveria a minha vida em função outros e sim de mim, mas não nunca colocava isso em prática, até que agora estou começando a colocar.

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Claro que eu não estou virando a revoltada, que ficou em durante anos fingindo ser uma coisa que não era, e agora tá fazendo tudo o lhe der na telha. Não, não estou fazendo e eu não sou assim. É claro que eu solto uma palavrões - até mais que eu gostaria - pra aliviar a pressão desse mundo todo. Hoje, eu falo isso pra algumas pessoas, que se fosse há 1 ano atrás eu nunca teria coragem de dizer. É claro também que eu não deixei todas essas minhas neuras e preocupação com que vão pensar de mim de lado num piscar de olhos, não. Isso requer tempo, auto-conhecimento, empoderamento... E tudo isso vem com o tempo. Os dias vão passando e posso dizer que eu tô tentando e tô vendo que estou conseguindo. É muito bom poder soltar um palavrão desses de vez em quando. Ou se preferirem, pra evitar discussões idiotas que são vão lhes estressar, façam isso que eu também faço:

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Essa parte de mim, de me assumir. Assumir minhas vontades, desejos, objetivos, sonhos... Mas como eu disse no começo do texto, muitas coisas estão acontecendo nos últimos tempos. Pessoas entrando e outras que eu nunca imaginava que iriam, se foram. Meu trabalho continua me consumindo, mas estou aprendendo a lidar com ele. Estou aprendendo a dar limites. Que  se o meu horário de trabalho é este? Então é neste horário que eu vou entrar! nem um minuto a mais ou a menos. Não tenho todo o meu tempo disponível para o trabalho, e o meu tempo disponível não quero passar nele! E também sei que ele é apenas um degrau, o primeiro muito importante, para mim poder chegar a onde eu quero. Apesar de eu não ter muita certeza do que quero fazer da vida, mas sei que esse é apenas o primeiro passo. Também estou descobrindo que a vida de adulto é mesmo, tudo muito complicado. Todo começo de mês até o 5° dia útil é só farra, pinga e foguete, depois é só ladeira abaixo. 
É muito cansaço:

                                                   

Como todos nós estamos:

         

Não tá sendo fácil, irmãos:


Esse post já deu tantas voltas, que eu não sei a onde irá chegar. Mas se lembram disse que pra mim, viver em sociedade é uma luta a cada dia, por causa da minha insegurança de assumir a verdadeira Marina é difícil. Vivo tentando manter um equilíbrio com o que se passa aqui, e mundo lá fora. Às vezes fazer isso, faz bem (mentira, não faço porque sou pobre. Mas que um não faz mal nenhum):


Agora, deixando o lado cômico de lado. Existe uma música da Sandy (RAINHA)que se chama Perdida e Salva, que me faz tão bem, quando estou nos momentos de estar Perdida e ao mesmo Salva.
Não consigo explicar e, também não consigo entender tudo isso. É se sentir perdida no meio disso tudo, de toda essa imensidão... e ao mesmo tempo salva, por saber que existem coisas, pessoas e principalmente você mesma para se sentir salva. Que tudo irá ficar bem. Ouçam e, se deixem levar por essa linda música e por essa voz maravilhosa <333333


Não há, sensação melhor, não há
sinto estar
perdida e salva

Meu Deus, este post ficou enorme, me desculpem. Mas precisava falar isso. Tá tudo confuso aqui dentro, e isso está refletindo no blog. Preciso dá uma organizadinha aqui, pra pra poder dar uma organizadinha nele também.Muito Obrigada a todos que ainda estão aqui. Eu volto. 


Até a Próxima 
~~♥~~

2 comentários:

  1. Ai Marina, eu te entendo completamente! Talvez tudo isso faça sentido daqui há alguns anos mas agora essa bagunça interna é sinônimo de caos. Com tanta coisa acontecendo da uma preguicinha e um desespero né?! Até cortei meu cabelo pra ver se ganho um ânimo, aquela coisa de "vida nova", sabe? Mas... É aquele ditado né, vamo fazer o quê? Hahaha. Espero que tudo se encaixe logo, pra todo mundo.

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    1. Também Ju. Espero que tudo se encaixe e, que tudo fique bem com todos. O jeito é aprender a lidar com às coisas do mundo, da vida. Não são fáceis, mas não podemos abaixar a cabeça. Tenho plena convicção de que tudo vai ficar bem.
      Obrigada pelo comentário Ju <3333
      Bjsss *----*

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